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Como guerra no Oriente Médio afeta futebol em Israel e as competições da Uefa

Conflito adiou jogos de torneios nacionais e internacionais; clubes estão prestando espeque à população

Reprodução/X/@mhfootballclub

O alviverde Maccabi Haifa é um dos principais clubes de Israel

O futebol é um dos setores da sociedade que está sendo impactado com a guerra do Oriente Médio. Logo no início conflito, em 7 de outubro, a Liga Profissional de Futebol de Israel (IPFL) oficializou a paralisação dos campeonatos nacionais, com a interrupção de todas divisões do Campeonato Israelense. Ao mesmo tempo, vários jogadores locais e estrangeiros deixaram o país para evadir do conflito, que já deixou mais de 5 milénio mortos e não parece ter data para terminar. Fora as competições regionais, os torneios continentais também estão se adaptando ao contexto. Em enviado solene, o Maccabi Haifa e o Maccabi Tel Aviv pediram para não entrar em campo nos jogos válidos pela Europa League e Conference League, respectivamente, marcados para a próxima semana. “Isto é o mínimo que a comunidade do futebol europeu pode fazer por nós nestes tempos difíceis, quando o nosso país está sob uma guerra em que nossos melhores filhos estão na frente”, escreveram. Depois do enviado, a Uefa atendeu ao libido dos times nesta quinta-feira, 19, informando uma novidade data para Maccabi Haifa x Villarreal e Maccabi Tel Aviv e Zorya Lugansk. A entidade também definiu que os confrontos não poderão suceder em território israelense.

Israel, vale lembrar, está localizado na Ásia, mas é filiado à Uefa desde 1991 por culpa das desavenças com países vizinhos e recorrentes recusas de entrar em campo e protestos em partidas envolvendo o país em competições asiáticas. Também por isso, a entidade europeia precisou suspender jogos da seleção israelense, seja na equipe principal quanto nas categorias sub-21 e sub-17. Com a dificuldade de autoridades internacionais entrarem em concórdia para um cessar-fogo, entretanto, é provável que os torneios continentais sejam retomados com times e seleções de Israel jogando fora do país, em campo neutro. Esta é, por exemplo, a atual situação da Ucrânia, que já disputou jogos uma vez que mandante na Polônia, República Tcheca e Eslováquia desde que foi invadida pela Rússia, em fevereiro de 2022.

Solidariedade através do futebol

Em meio ao cenário de guerra, os clubes de futebol de Israel também estão servindo para dar alegria à população. Daniel Tenenbaum é goleiro, começou a curso no Flamengo e desde 2016 atua no Maccabi Tel Aviv. Por ter se naturalizado israelense antes dos 23 anos, Daniel teve que servir o tropa do país. O time onde joga o brasílio promove encontros com crianças das regiões mais atingidas pela guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas. De concórdia com o arqueiro, o objetivo é levar alegria para a garotada por meio do futebol. “Fazemos campanhas, sempre vamos em lugares que precisam de visitas. Poder dar um momento de felicidade para elas, jogando futebol ou dando um autógrafo e tirando uma foto, é muito bom”, comentou, em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan. Daniel também se sente esperançoso com um verosímil término do conflito. “Fiz dois anos de tropa, portanto sei mais ou menos uma vez que funciona. Em 2021, tiveram ataques de mísseis contra Israel. Neste ano, os ataques terroristas são um paradoxal. É alguma coisa muito triste e espero que acabe logo”, frisou. Apesar de ter tido a oportunidade de voltar ao Brasil, Daniel Tenenbaum decidiu permanecer em Israel.

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