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Estádio Paulo Machado de Carvalho não vai mudar de nome, assegura presidente do Consórcio Allegra Pacaembu

Eduardo Barella concedeu entrevista a Wanderley Nogueira no podcast Nossa Conversa, hospedado no site da Jovem Pan; ele falou sobre naming right, consonância com clubes para realização de jogos e realização de shows

Divugação/Allegra Pacaembu

Projeção gráfica de porquê deve permanecer o estádio Paulo Machado de Roble

O jornalista Wanderley Nogueira entrevistou Eduardo Barella, presidente da Progen e do Consórcio Allegra Pacaembu para o podcast Nossa Conversa, hospedado no site da Jovem Pan. A Allegra Pacaembu é responsável por governar o Multíplice Pacaembu, constituído pelo estádio Paulo Machado de Roble e o Meio Poliesportivo. O consórcio venceu a licitação de licença pelo valor de R$ 111 milhões por 35 anos.

Wanderley Nogueira: O valor de R$ 111 milhões é pago à vista, de forma mensal, anual? Porquê esse valor chega aos cofres da prefeitura?
Eduardo Barella: O valor ofertado pela concessionária foi de R$ 111 milhões, porquê você mesmo colocou. Nascente foi um torneio licitatório, ou seja, foi uma concorrência entre quatro participantes da qual saímos vencedores. Existia, no torneio licitatório, um regramento em relação ao pagamento da outorga. A outorga mínima foi R$ 35 milhões e definia porquê vencedor quem pagasse o maior valor. Nosso valor foi de R$ 111 milhões, e o edital previa que fosse paga a diferença entre o valor mínimo e o valor ofertado. Portanto, antes do contrato ser assinado, nós fizemos um pagamento no valor aproximado de R$ 80 milhões. A diferença deste valor começou a ser paga no ano pretérito e será paga em dez prestações reajustadas. Portanto, oriente foi o valor exclusivamente para que nós assinássemos o contrato de licença.

WN: Dez prestações reajustadas anuais?
EB: Sim, anuais. Do 4º ao 14º ano são dez prestações do valor mínimo. E, porquê eu já disse, a diferença já foi paga, antes mesmo da assinatura do contrato de licença.

WN: O multíplice do Pacaembu tem várias áreas tombadas pelo patrimônio público. O lugar está sendo modernizado.Terá lojas, restaurantes, e o meio esportivo está sendo reconstruído, reformado, você vai explicar. E o estádio Paulo Machado de Roble terá capacidade de aproximadamente 26 milénio lugares. É isso mesmo?
EB: O multíplice do Pacaembu é completamente tombado. Seja em nível estadual, pelo Condephaat (Recomendação de Resguardo do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo), porquê na esfera municipal, pelo Conpresp (Recomendação Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo). É importante ressaltar, e essa é uma informação que muitas vezes não é divulgada ao público, que os órgãos de patrimônio já haviam feito uma pré-autorização daquilo que poderia ser feito no multíplice. E nós fizemos alguns ajustes, que foram aprovados pelos dois órgãos de fiscalização e publicados no Quotidiano Solene. Portanto, tudo aquilo que está sendo feito no multíplice tem a autorização dos órgãos de patrimônio. Nós não podemos, por exemplo, modificar nenhum dos usos. O ginásio continua sendo ginásio, a piscina continua sendo piscina, o meio de tênis continua sendo um meio de tênis e o campo segue sendo o campo. O que estamos fazendo é ampliar 45 milénio metros quadrados de novas áreas, justamente para acoitar restaurante, um hotel, um meio de convenções e eventos e algumas lojas para que o Pacaembu possa se tornar um fado da cidade de São Paulo. O Pacaembu, muitas vezes, acabava sendo um lugar de passagem dentro da cidade. As pessoas passavam para testemunhar a um jogo de futebol, passavam para frequentar o Meio Esportivo, mas não tinham ofertas. Nós estamos proporcionando ao Pacaembu um espaço com ofertas, para que a população possa usufruir deste lugar que é tão querido por todos.

WN: Eu vi uma bela foto de imagem projetada do multíplice em uma entrevista que você concedeu recentemente. Aquela imagem retrata exatamente porquê vai permanecer o multíplice?
EB: É aquilo mesmo. Aquela foto, na verdade, é um render em 3D do projeto que reproduz de forma fidedigna porquê será o projeto. A gente vai ter uma experiência no Pacaembu que será única na América Latina. Nós vamos ter um hotel, projetado no lugar onde antes tínhamos o Tobogã. Isso possibilitará que as pessoas que fiquem hospedadas neste hotel possam, por exemplo, estar de frente para um campo de futebol, até mesmo em dia de jogos. Estamos construindo um meio de convenções e eventos debaixo deste hotel, trazendo também uma experiência muito interessante dentro de uma cidade porquê São Paulo, que abriga milhares de eventos.

WN: O consórcio teve, em qualquer momento, o interesse de ter a licença da Terreiro Charles Muller?
EB: Esse é um objecto que acabou trazendo alguma polêmica. Ele é fruto de um pleito da concessionária. Nós fizemos um pleito junto a prefeitura de reequilíbrio em função de três pontos que acreditamos ser negociáveis. O primeiro ponto foi a lentidão no prazo de aprovação dos nossos projetos, dissemelhante do que era previsto no edital de licitação. O segundo ponto é sobre o efeito da pandemia. Isso fez com que nós fossemos obrigados a fechar o multíplice esportivo. E o terceiro ponto é uma diferença de superfície entre o que foi apresentado pela prefeitura e a aferição real do terreno. Quando você tem um reequilíbrio de um contrato dessa natureza, você tem algumas formas de fazê-lo. Você pode fazer um aumento de prazo, um desanimo no valor da outorga, pagamento por secção do município, e nós estamos fazendo um pleito que acreditamos que seja o mais adequado. Ao invés de termos mais prazo ou receber um tanto, que pudéssemos assumir a zeladoria da terreiro Charles Muller. A terreiro hoje é subutilizada. Ela serve hoje porquê um grande estacionamento seco. Nós podemos fazer uma modernização da terreiro. Esse pleito ainda não foi estimado pela prefeitura e nós estamos aguardando a resposta para ter a oportunidade de entregar um tanto muito dissemelhante e impactante para a cidade.

WN: Eu defendo que a história precisa ser preservada, e a frontispício monumental, mantida. Ela é um grande cartão postal da cidade, e o nome do estádio, Paulo Machado de Roble, vai continuar. É exatamente isso que teve a intenção o consórcio e o patrocinador, para evitar um processo sobre o nome do estádio? Evitar o extenuação de uma homenagem que foi feita nos anos 1960 e que poderia provocar um esquecimento? Porquê vai funcionar o naming right do estádio Paulo Machado de Roble e do multíplice Pacaembu?
EB: Essa é uma ótima oportunidade para esclarecer alguns pontos. É muito importante explicar uma questão anterior neste tema de naming right que foi anunciado nas últimas semanas. Desde que vencemos a licitação, sempre tivemos muito evidente que a coisa mais importante para nós, que o vitória deste projeto, era a manutenção da história do Pacaembu. O Pacaembu é a segunda moradia de todas as torcidas. É um equipamento esportivo adorado por todos os paulistanos. E, para nós, sempre foi evidente que qualquer modificação no seu uso seria muito prejudicial. O Pacaembu é um equipamento com mais de 80 anos e ele nunca foi trabalhado também porquê marca. Logo, nós entendemos que essa seria uma oportunidade muito valiosa, muito significativa e relevante para alguma empresa que quisesse ter seu nome atrelado a esse equipamento da cidade. Até porque essa marca que estará conosco também nos ajudaria a repor para a cidade esse lugar tão querido por todos. Nós já tínhamos a pré-aprovação dos órgãos de patrimônio do que poderia ser feito ou não. Tudo aquilo que está na frontispício, com face voltada para a rua, você não tem autorização para fazer nenhuma mudança significativa. Logo o letreiro do “Estádio Municipal Paulo Machado de Roble” não será tocado, e todas as inserções de marca acontecerão nas áreas internas do multíplice. A denominação do multíplice passará a ser “Mercado LivreArena Pacaembu”. O Meio de Convenções e eventos, que é um espaço novo, construído embaixo da projeção do idoso Tobogã, vai se invocar “Mercado Pago Hall”, e o ginásio poliesportivo, a piscina olímpica e o meio de tênis também levarão o nome de Mercado Livre a partir de agora. Eu acho que essa foi uma feliz coincidência, de uma marca tão importante abraçar esse projeto para repor esse equipamento tão importante para a cidade.

WN: Eu posso expressar logo que o estádio Municipal Paulo Machados de Roble integra o multíplice Mercado Livre/Estádio Pacaembu?
EB: Sim, está correto. Essa é uma boa definição. O estádio está inserido dentro do multíplice Mercado Livre/Estádio Pacaembu, que congrega o estádio e todos os outros locais que eu citei anteriormente.

WN: E a permissão para que munícipes utilizem o meio poliesportivo e os outros espaços do multíplice?
EB: Sim, será provável e até ampliado. Antes, porquê funcionava: você tinha que fazer uma carteirinha para adentrar as dependências do multíplice e utilizar os equipamentos. A utilização dentro do nosso período de licença terá a mesma dinâmica que tinha no pretérito. Ou seja, a piscina continuará sendo pública. E o ginásio poliesportivo e o meio de tênis poderão ser utilizados mediante agendamento. No entanto, nós vamos expulsar qualquer tipo de barreira física para a ingresso de pessoas no multíplice. Portanto, o Mercado Livre/Estádio Pacaembu terá um chegada muito assemelhado, por exemplo, com o de parques, onde as pessoas podem adentrar ao lugar. Logo, o projeto é muito importante e depende muito do fluxo de pessoas. Para nós, quanto mais pessoas, melhor. Nós queremos incentivar as pessoas a adentrarem o multíplice. Nós queremos incentivar que as pessoas fiquem no multíplice. E por isso a nossa oferta precisa ser uma oferta rica, que retenha as pessoas lá dentro. A gente precisa que esse espaço seja ocupado sete dias por semana. Esses são os três principais objetivos da concessionária dentro da sua gestão.

WN: E os jogos dentro do estádio Paulo Machado de Roble? Vocês já tem jogos agendados? Teremos jogos ainda em 2024? Porquê vai funcionar o calendário do estádio?
EB: Cá é sempre importante expressar que o futebol é a origem do Pacaembu, quando a gente fala de Pacaembu, a maioria das lembranças vem do futebol, e isso vai permanecer. A gente tem uma alegria muito grande de governar esse estádio e quer potencializar esse uso do futebol. Eu mesmo tenho milhares de histórias com o estádio. É um grande privilégio, até uma satisfação pessoal, poder gerir o multíplice. Por que a gente não crava que, por exemplo, vamos receber jogos do time A, B ou C, apesar de já termos acordos firmados com os clubes? Você milita no futebol há muitos anos e sabe que o clube, muitas vezes, para não jogar na sua moradia, depende do momento, se está indo muito ou mal. Ele depende do justador. Logo, essas definições acabam acontecendo mais próximas da data do evento. Mas nós temos, sim, acordos firmados com o São Paulo, com o Santos, com o Cruzeiro, que é o primeiro consonância fechado com um time de fora do Estado de São Paulo. Nós estamos buscando novos acordos e teremos, já em 2024, a partir de junho, partidas acontecendo no estádio. A nossa expectativa é realizar pelo menos 20 partidas até o final do ano.

WN: É verdade que a teoria de vocês é fazer uma grande sarau antes, durante e em seguida as partidas?
EB: Mesmo antes de ganharmos a licitação, fomos buscar fora do Brasil porquê os eventos esportivos são geridos. Em privativo, nos EUA. Lá eles não fazem com o futebol em si, mas fazem com o futebol americano, o basquete e o beisebol. E queríamos entender porquê funciona essa dinâmica em um dia de evento. Acreditamos que, tanto para a concessionária quanto para os clubes, será melhor uma relação de parceria no dia do evento. O que acontece muitas vezes é que o clube leva o público e fica com o moeda da bilheteria. Ele paga um aluguel, mas sempre existe a discussão sobre a receita de vitualhas e bebidas. Sobre a receita de estacionamento e hospitalidade. E a nossa proposta para os clubes foi que eles pudessem jogar no Pacaembu sem nenhum dispêndio e que o primeiro moeda que entrasse banque o dispêndio fixo e que tudo aquilo que sobre, não só de bilheteria, mas também de vitualhas e bebidas, estacionamento e hospitalidade possa ser dividido entre as partes. Com isso, a gente seria capaz de ampliar a jornada do torcedor dentro do Pacaembu. A teoria é que, por exemplo, em um jogo no domingo, às 16h, a gente possa terebrar o portão ao meio-dia. E, depois do jogo, permanecer com a estadia do torcedor, dentro do multíplice, até 20h, 21h ou 22h. Para isso, nós desenhamos um protótipo, que foi apresentado aos clubes e foi muito recepcionado. A nossa expectativa é que uma secção importante dessas 20 partidas para esse ano funcionem neste protótipo.

WN: E os shows? A estádio vai receber shows, porquê isso vai funcionar?
EB: Nós construímos um meio de convenções e eventos, o Mercado Pago Hall, com capacidade para 8.500 pessoas. Ele está localizado debaixo da projeção do idoso Tobogã. Agora será inferior da projeção do Hotel que está sendo construído. E essa é uma capacidade que vai atender uma parcela significativa de shows. Nós já temos contratos para a realização de 80 shows por ano no Pacaembu. Em um contrato de dez anos. E esse espaço conta com uma acústica privilegiada, já que está enterrado a mais de 16 metros de profundidade. Não vai ter nenhum tipo de impacto com a vizinhança. Temos, sim, uma grande expectativa para receber eventos musicais dentro dessa nossa ótica de aumentar o uso do multíplice para que ele não fique restringido exclusivamente ao futebol ou ao uso do meio poliesportivo.

WN: Porquê está sendo a relação com os moradores do bairro? E outra coisa, a entrega será feita em etapas, a partir do meio do ano?
EB: A nossa relação com o bairro sempre tentou ser a melhor provável. Por fim de contas é uma semelhança que eu sempre costumo fazer. É porquê se você estivesse comprando uma moradia e eu sou seu vizinho. Eu toco a guizo e vou me apresentar. Eu vou expressar: “Olha, vou ter que fazer uma obra cá, talvez eu possa motivar qualquer tipo de incômodo. Está cá meu telefone, qualquer coisa pode me vincular”. E com o bairro é a mesma coisa. Nós já estamos há quase cinco anos nesse projeto e eu já vejo as coisas com muita naturalidade e entendo que o ser humano de modo universal acaba tendo um manifesto receio com o incógnito. A gente tem um projeto muito bonito, você viu as imagens, mas não está pronto. As pessoas têm receio do que vai sobrevir, porquê isso vai impactar a vida delas. O que eu sinto bastante nessa relação de bastante tempo com o bairro é que de veste, hoje, o projeto é muito adoptado. Seja por conta da valorização da sua moradia, da sua superfície. Estão percebendo que você vai ter mais vida e, consequentemente, mais segurança no bairro. Logo, eu acho que nós já temos uma parcela significativa de pessoas que abraçam o projeto. Simples que tem uma ou outra pessoa que acaba fazendo qualquer questionamento, mas eu acho que essa é uma parcela muito pequena. É logo que a gente tem visto essa relação. E eu tenho a mais absoluta certeza que, quando a gente fizer a inauguração, a totalidade do bairro estará conosco. Com relação à questão do prazo, nós vamos fazer a franqueza em etapas. Temos o prazo contratual junto à prefeitura de 29 de junho deste ano. Até esta data, todas as nossas obrigações contratuais com a prefeitura serão entregues. Nós vamos agora, a partir de abril, fazer aberturas de alguns equipamentos do multíplice. Começamos em abril, e até junho vamos entregar todas as nossas obrigações.

WN: O novo gramado do estádio Paulo Machado de Roble será oriundo ou sintético?
EB: Nós já definimos o gramado. Inclusive se você colocar hoje um drone para sobrevoar o estádio, já deve estar com a grama sendo instalada. Nós já terminamos toda a secção de drenagem, toda a secção que vai inferior da grama já está posta. O gramado será sintético. Essa acaba sendo uma tendência muito grande para inventar complexos que necessitam de uma utilização mais intensa e nós fizemos cá uma escolha e uma seleção muito apurada. Visitamos todos os gramados sintéticos Brasil. Essa é uma tecnologia que tem avançado muito. É uma tecnologia que mudou nos últimos dez anos. E sendo muito franco, eu tenho certeza que ela vai mudar, vai melhorar muito nos próximos anos. E nós temos previsão de fazer trocas, sempre pensando naquilo que for mais moderno em relação à tecnologia de gramado. Eu posso prometer que o gramado, apesar de sintético, será perfeito para a realização do futebol, que é o firmamento mais importante de todo o multíplice. A mensagem que eu palato de deixar neste momento é substanciar o compromisso com a origem do Pacaembu. É muito bacana você vir até a obra e ver porquê as pessoas tratam o projeto. Esse não é exclusivamente um projeto de terceiro que o amam. Tem muitas pessoas que trabalham cá e tem histórias com o Pacaembu. Todos tratam o Pacaembu com muito carinho. Nós estamos levando a frente o projeto mais significativo de restauro no Brasil. Com manutenção da frontispício, de toda a sua história. Tudo devidamente autenticado junto aos órgãos de patrimônio. Tudo o que está sendo feito cá, está sendo feito com muito carinho e reverência. Eu entendo as desconfianças em relação a esse projeto, mas o que queremos é manter essa tradição do Pacaembu, mas com esse olhar moderno, esse olhar para o porvir. E eu estou esperançoso que, quando reinaugurarmos o Pacaembu, as pessoas vão entender o que estamos fazendo.

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