Justiça destituiu Ednaldo Rodrigues do missão de presidente da CBF
O presidente remoto da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, tomou uma medida drástica para virar a decisão da Justiça do Rio que o destituiu do missão. Ele entrou com um recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) alegando que a decisão pode trazer consequências graves para o futebol brasiliano, incluindo a suspensão da entidade pela Fifa. A resguardo de Ednaldo argumenta que a destituição está relacionada à anulação de assembleias da CBF que foram consideradas irregulares. Caso o recurso não seja aceito, a resguardo pede que ele permaneça na função para convocar novas eleições. Uma das consequências imediatas do retraimento de Ednaldo é a provável desistência da contratação do renomado treinador Carlo Ancelotti para a seleção brasileira. A legitimidade de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) firmado entre a CBF e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) em 2022 também está sendo questionada nesse caso. A Fifa, por sua vez, enviou uma notificação à CBF alertando sobre a possibilidade de suspensão da entidade caso Ednaldo fosse remoto por influência indevida de terceiros. Em março de 2022, opositores de Ednaldo tentaram barrar a eleição com a alegado de que o TAC assinado por ele, enquanto presidente interino, serviu para referendar uma eleição que o elegeria. AFifajá havia notificado a CBF, na semana passada, de que a entidade poderia ser suspensa caso Ednaldo Rodrigues fosse remoto “por influência indevida de terceiros”. Em um trecho do documento, a Fifa afirmou que “gostaríamos de lembrar que de concórdia com o art. 14 par. 1 i) e art. 19 dos Estatutos da Fifa, as associações membros da FIFA são obrigadas a gerir os seus assuntos de forma independente e sem influência indevida de terceiros. Qualquer violação destas obrigações pode levar a potenciais sanções, conforme previsto nos Estatutos da Fifa”.
Outro trecho da notificação destacava que “outrossim, e em relação ao supra exposto, gostaríamos de enfatizar que quaisquer violações ao art. 14 par. 1 i) dos Estatutos da Fifa também pode levar a sanções, mesmo que a influência de terceiros não tenha sido culpa da associação membro em questão (art. 14, parágrafo 3 dos Estatutos da Fifa)”. AFifae aConmebolreiteraram o alerta nesta quinta-feira em resposta a consultas realizadas pelo secretário-geral da confederação,Alcino Reis. Caso a suspensão de Ednaldo seja levada adiante, uma das primeiras consequências para a confederação será a exclusão doFluminensedoMundial de Clubesque está marcado para ocorrer neste mês, na Arábia Saudita.
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